Antigamente as pessoas que moravam no interior, não brincavam muito em sua infância, pois tinha que cuidar dos afazeres domésticos e de seus irmãos, segundo dona Maria, uma senhora de 75 anos (minha vovózinha). Muito raramente quando sobrava um tempinho, ela e seus irmãos brincavam de desenhar utilizando folhas de laranjeiras e espinhos de plantas. As bonecas eram feitas de sabugo de milho e às vezes, andavam de cavalo. Essas eram as brincadeiras daquela época.
Na minha infância, eu gostava de brincar com meus amiguinhos de amarelinha, pular elástico, bolinha de gude e pega-pega. As brincadeiras eram bem mais divertidas e coletivas, o que facilitava a socialização. Não tínhamos obrigações com afazeres domésticos ou ter que cuidar de nossos irmãos.
O contato direto com crianças da mesma faixa etária, contribui muito para formação do sujeito, pois aprendem a conviver com diferenças, resolver conflitos, esperar sua vez, etc.
Atualmente, com o avanço da tecnologia, a maiorias das crianças brincam sozinhas, jogam vídeo-game, computador ou simplesmente assistem televisão o dia inteiro. A escola acaba sendo a única opção onde elas têm contato com outras crianças.
Muitos pais muito envolvidos com seus trabalhos acabam nem percebendo a importância de dialogar com seus filhos, não vêem que esse padrão de vida acaba prejudicando a criança.
Hoje percebemos um alto índice de obesidade no Brasil, por conta dessa ociosidade que a maioria das crianças se depara em seus lares.
Um abraço a todos,
Vanessa
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