sábado, 22 de setembro de 2012

Práticas pedagógicas: Piaget

O vídeo descreve as teorias piagetianas sobre o desenvolvimento cognitivo da criança.


Experimentos da Teoria do Desenvolvimento de Jean Piaget.
Piaget - 1º estágio - Sensório-motor

Piaget - 2º estágio - Pré-operatório

Piaget - 3º estágio - Operatório Concreto

Piaget - 4ª estágio - Operatório Formal

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

BRINQUEDOTECA: ESPAÇO PARA BRINCAR E APRENDER

BRINQUEDOTECA: ESPAÇO PARA BRINCAR E APRENDER 

RESUMO

A presente pesquisa teve como objetivo caracterizar a importância do ato de brincar das crianças em espaços variados de uma brinquedoteca. Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. É uma arte, um dom natural que quando bem cultivado irá contribuir no futuro para a eficiência e o equilíbrio do adulto. A brinquedoteca favorece a ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano, resgatando um espaço para a expressão mais genuína do ser, é o espaço do exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.
  
PALAVRAS — CHAVES: Brinquedoteca. Brincar. Aprender.
Sumário
Introdução                                                                                   
Brinquedoteca: Espaço para brincar e aprender                                         
Origem                                                                                                     
O que é brinquedoteca?                                                           
Por que montar uma brinquedoteca?                                                
Tipos de brinquedotecas                                                                      
A brinquedoteca e sua função                                                            
Preparação do ambiente                                                          
Linhas pedagógicas que apóiam a proposta da brinquedoteca               
Justificativa                                                                                             
Objetivos da brinquedoteca                                                                 
Considerações finais                                                                            
Referências                                                                                            

Introdução
Por muitos anos acreditou-se que brincar era um passatempo sem nenhum objetivo. Vários estudiosos e os pesquisadores comprovaram a importância do brincar no desenvolvimento infantil. É através das brincadeiras que a criança passa por uma experiência imaginária e reproduz situações reais, ampliando sua capacidade de criar, pensar, falar e agir.
 Cada vez mais os educadores recomendam que os jogos e brincadeiras ocupem um lugar de destaque no programa escolar desde a Educação Infantil.
Nossa pesquisa tem o intuito reforçar e conscientizar educadores e pais sobre a importância do brincar no desenvolvimento infantil.
Brinquedoteca: espaço para brincar e aprender
A brinquedoteca é um espaço que visa estimular crianças e jovens a brincarem livremente, pondo em prática sua própria criatividade e aprendendo a valorizar as atividades lúdicas.
Estudos comprovam que uma criança, jovem ou mesmo adulto, tem mais facilidade de aprender através de brincadeiras lúdicas.
Origem
Negrine (1994) afirma que a primeira brinquedoteca foi fundada em Los Angeles, na Califórnia, em 1934, segundo outros autores, a Suíça foi o primeiro país em que surgiu a idéia de emprestar brinquedos. Estes eram destinados às crianças com necessidades especiais, sendo utilizados para estimular através das brincadeiras.  
No Brasil, foi realizada uma exposição de brinquedos destinados a APAE em São Paulo em 1971. E a partir do Congresso Internacional de Pediatria, realizado em 1974 em São Paulo que este espaço foi reconhecido, havendo brinquedotecas e brinquedos espalhados por todo o país. Existe no Brasil a Associação Brasileira de Brinquedotecas –A.B.B.- fundada em 28 de abril de 1985, por professores, técnicos e profissionais de educação. Esta associação está preocupada em garantir o espaço e o direito de brincar. Nem todo espaço pode ser transformado em brinquedoteca se não for pensado adequadamente dentro de uma filosofia que lhe é própria, para não correr o risco de prejudicar a criança.
O que é a brinquedoteca?
Segundo Negrine (1994), são espaços de jogos, onde crianças, jovens e adolescentes vão brincar. Este cenário visa estimular as crianças a brincarem livremente, exercitando sua imaginação, criatividade, aprendizado, pois através das brincadeiras pode-se ampliar e desenvolver conhecimento mais complexo de trabalhos sérios e acentuados.
Por que montar uma brinquedoteca?
As brinquedotecas são criadas por diversas razões, principalmente pelo caráter educacional e até terapêutico. Ela pode ter diferentes finalidades no âmbito lúdico, como por exemplo: brinquedotecas especializadas em atendimento a crianças da primeira infância, outras somente para empréstimos de brinquedos. Podendo com isso ter vários objetivos como: estimular o desenvolvimento integral das crianças, valorizar o brincar e as atividades lúdicas, possibilitar à criança o acesso a vários tipos de brinquedos e de brincadeiras, enriquecer as relações domésticas através da participação dos adultos nas atividades infantis, emprestar brinquedos e desenvolver costume de responsabilidade e cooperação entre as crianças e adultos.
Tipos de brinquedotecas
Veja abaixo alguns tipos de brinquedotecas:
        Brinquedoteca pedagógica: funciona nos moldes de uma biblioteca de brinquedos e materiais pedagógicos para uso dos professores.
        Brinquedoteca escolar: é um setor da escola aonde os alunos vão para brincar ou escolher jogos para levar para casa.
        Brinquedoteca de empréstimo: funciona como uma biblioteca circulante e empresta brinquedos para as crianças levarem para casa por período determinado.
        Brinquedoteca terapêutica: onde a criança recebe atendimentos clínicos especializado, desenvolvidos através de brinquedos, que a criança também pode levar para casa.
        Brinquedoteca hospitalar: é um departamento do hospital onde a criança hospitalizada vai brincar quando pode locomover-se e, quando não pode, os brinquedos são levados na cama do paciente.
        Brinquedoteca itinerante: é um caminhão ou ônibus que leva brinquedos a diferentes localidades, para que as crianças possam brincar por algumas horas.
De acordo com RODARI (1982), por meio das brinquedotecas podemos avaliar o desenvolvimento da criança, através do acompanhamento, da observação diária, no que se refere à socialização, a iniciativa, a linguagem, ao desenvolvimento motriz e buscamos através das atividades lúdicas o desenvolvimento das suas potencialidades.
A brinquedoteca e sua função
A brinquedoteca pode ter várias funções: pedagógica, social e comunitária.
• Função pedagógica: proporcionar bons brinquedos e de qualidade;
• Função social: quando permite que crianças e jovens de famílias economicamente menos favorecidas possam fazer uso de brinquedos;
• Função comunitária: quando contribui para que crianças e jovens, que jogam em grupos, aprendam a respeitar as pessoas, a contribuir com elas, a receberem auxílio e tentar compreendê-las.
Existem, no Brasil e no mundo inteiro, brinquedotecas que possuem um ou vários destes objetivos ou ainda com inquietações exclusivas, dependendo do conjunto onde foram criadas.
Assim, encontramos brinquedotecas em hospitais (destinadas a abrandar a angústia das crianças internadas); terapêuticas (que auxiliam no trabalho com crianças portadoras de deficiências) e geralmente são anexas a Universidades, onde são realizadas pesquisas sobre o desenvolvimento infantil e testados novos brinquedos e brincadeiras. Existem as brinquedotecas comunitárias, em condomínios, em hotéis, em hospitais, em universidades, em centros culturais, em presídios (destinadas as crianças que visitam os pais), dentre outras.
Em 2005, foi aprovada a Lei nº 1104, que obriga hospitais públicos e privados do Brasil a instalarem espaços de brincadeiras para as crianças internadas.
 Preparação do ambiente
Um ambiente de brinquedoteca deve incentivar a criança a brincar e a explorar. Assim, é indispensável dar atenção especial ao uso de cores, à decoração das paredes e ambientes, à arrumação dos brinquedos, ao tamanho das estantes e até à mudança temporária nessa arrumação.
Quando uma criança entra na brinquedoteca, deve ser tocada pela expressividade da decoração, pela alegria e a magia do espaço.
Alguns autores propõem a disposição dos brinquedos de acordo com seu tipo em “cantinhos”. Podendo existir o cantinho da literatura, cantinho dos fantoches, cantinho do faz-de-conta, cantinho dos brinquedos pedagógicos, cantinho da música, cantinho das histórias, etc.
Linhas pedagógicas que apoiam a proposta da brinquedoteca
            Vygotsky (1989), alerta sobre a importância e a necessidade do brinquedo na infância. No entendimento do autor as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade. Ainda, segundo o autor, a brincadeira possui três características: a imaginação, a imitação e a regra. Elas estão presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, tanto nas tradicionais, naquelas de faz-de-conta, como ainda nas que exigem regras, podem aparecer também no desenho, como atividade lúdica (Vygotsky, 1991).
Piaget (1982), também traz seu parecer descrevendo que o jogo é estruturado em três categorias: o jogo de exercício cujo objetivo é exercitar a função em si; o jogo simbólico no qual o indivíduo se coloca independente das características do objeto, funcionando em esquema de assimilação; e o jogo de regra, no qual está implícita uma relação inter individual que exige a resignação por parte do sujeito. Cita ainda uma quarta modalidade, que é o jogo de construção, em que a criança cria algo. Esta última situa-se a meio caminho entre o jogo e o trabalho, pelo compromisso com as características do objeto. Tais modalidades não se sucedem simplesmente acompanhando as etapas das estruturas cognitivas, pois, tanto o bebê pode fazer um jogo de exercício, como também uma criança poderá fazer sucessivas perguntas só pelo prazer de perguntar.
Para o autor acima, a origem do jogo está na imitação que surge da preparação reflexa, imitar consiste em reproduzir um objeto na presença do mesmo. É um processo de assimilação funcional, quando o exercício ocorre pelo simples prazer. A essa modalidade especial de jogo, Piaget (1982) denominou de jogo de exercício. Em suas pesquisas ele mostra que a imitação passa por várias etapas até que, com o passar do tempo, a criança é capaz de representar um objeto na ausência do mesmo. Quando isso acontece, significa que há uma evocação simbólica de realidades ausentes. É uma ligação entre a imagem (significante) e o conceito (significado), capaz de originar o jogo simbólico, também chamado de faz-de-conta.
Segundo Piaget (1982), o símbolo nada mais é do que um meio de agregar o real aos desejos e interesses da criança, o jogo simbólico vai cedendo lugar ao jogo de regras, porque a criança passa do exercício simples às combinações sem finalidade e depois com finalidade. Esse exercício vai se tornando coletivo, tendendo a evoluir para o aparecimento de regras que constituem a base do contrato moral.
As regras pressupõem relações sociais ou interpessoais, ou seja, elas substituem o símbolo, enquadrando o exercício nas relações sociais. As regras são, para Piaget (1982), a prova concreta do desenvolvimento da criança.
Já Vygotsky (1991), diferente de Piaget (1998), considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela. Ele não estabelece fases para explicar o desenvolvimento como Piaget e para ele o sujeito não é ativo nem passivo: é interativo.
Justificativa
Cada vez mais os educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de destaque no programa escolar e nos diversos ambientes em que a criança se encontra, incluindo hospitais, clínicas, instituições e residências.
Por meio deste projeto, as crianças podem ter a oportunidade de conhecer e manusear diferentes tipos de materiais cores e combinações, de recriar detalhes, levando-os a criação de algo prazeroso. Permite conhecer as conseqüências de se respeitar ou não determinados procedimentos, de como é possível desenvolvê-los.
Objetivos da brinquedoteca
        Proporcionar a aprendizagem, aquisição de conhecimento e desenvolvimento de habilidades de forma natural e agradável;
        Estimular o desenvolvimento de uma vida interior rica e a capacidade de concentrar a atenção;
        Favorecer o equilíbrio emocional;
        Expandir as potencialidades da criança;
        Desenvolver a inteligência, a criatividade e a sociabilidade;
        Incentivar a valorização do brinquedo como atividade geradora de desenvolvimento intelectual, social e emocional;
        Enriquecer o relacionamento entre as crianças e suas famílias;
        Proporcionar um espaço onde a criança possa brincar tranqüila, sem cobranças e onde sinta que não atrapalha ou perde tempo.
Considerações finais
Muitas instituições de ensino têm se dado conta dos problemas ocasionados, hoje em dia, pela falta das atividades lúdicas no cotidiano das crianças. O excesso de atividade acadêmicas e extracurriculares somados a falta de espaço e tempo para brincar tem gerado problemas de ordem cognitiva, emocional e nas relações das crianças com as outras pessoas e o mundo.
Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS), quanto o Ministério da Educação e Cultura (MEC), reconhecem a importância da Estimulação no desenvolvimento infantil.
Referências
BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e cultura, São Paulo: Cortez, 1995.
MAGALHÃES, Celina M. C; PONTES, Fernando A. R. Criação e manutenção de brinquedotecas: reflexões acerca do desenvolvimento de parcerias. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/prc/v15n1/a24v15n1.pdf>. Acesso em 02 de dez. 2009.
MALUF, Ângela C. M. Brinquedoteca: um espaço estruturado para brincar. Disponível em:< http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=276>.  Acesso em 04 de dez. 2009.
NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil: perspectivas psicopedagógicas. Porto Alegre: Prodil, 1994.
PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
____. A psicologia da criança. Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
RODARI, Granni. Gramática da Fantasia. São Paulo: Sumus, 1982.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca - O lúdico em diferentes contextos, Petrópolis: Vozes, 1997.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
____. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991,

As mãos perguntam, a cabeça pensa

Rubem Alves

Encaro com a maior desconfiança os laboratórios nas escolas. Acho que sua função, nas escolas, não é ensinar ciência aos estudantes, mas impressionar os pais. Os pais se impressionam facilmente. Vendo os laboratórios, eles concluem: "ma escola com um laboratório moderno assim deve ser uma boa escola..." Poucos se dão conta de que os laboratórios mentem aos adolescentes. Pois o que eles dizem, silenciosamente, é o seguinte: " aqui dentro que se faz ciência" Isso é mentira. Ciência não é uma coisa que se faz em laboratórios. Ciência se faz em qualquer lugar. Ela só precisa de duas coisas: olho e cabeça. Assim, a primeira tarefa da educação científica é ensinar a ver e ensinar a pensar.
Sei de pessoas que são capazes de produzir pesquisas nos laboratórios, mas que, andando em meio aos objetos e situações do seu cotidiano, vêem e pensam como se nada soubessem da ciência. De fato, não sabem, porque a sua ciência só acontece em laboratórios.
Vocês se lembram do que escrevi sobre os moluscos, que, para sobreviver, constroem conchas eficazes e belas? E se lembram também que Piaget, começando a partir do seu fascínio pelos moluscos, concluiu que os seres humanos se comportam da mesma forma? Parece haver uma estratégia universal de sobrevivência, que une todos os seres vivos. Também nós, para sobreviver, construímos conchas eficazes e belas, conchas que são feitas com instrumentos e pensamentos. Pensamos para transformar o ambiente que nos cerca em conchas.
Nossas conchas se chamam casas. Casas não são apenas os pequenos espaços, construídos com tijolo e cimento, onde moramos. Casas são os espaços habitáveis que nos cercam e onde a nossa vida acontece. Piaget sugere que o impulso para conhecer é o impulso para incorporar o espaço que nos rodeia. "n-corporação"quer dizer: colocar dentro do corpo. Ou seja, comer.
Queremos transformar a natureza em corpo. Quando isso acontece, o corpo fica grande, expande-se até os confins do universo... A natureza deixa de ser estranha, exterior. Passa a ser "asa" espaço habitável. Ou, se quiserem, a natureza humanizada, ou transformada em horta, boa para comer, ou em jardim, boa de gozar... Pois o gozo pertence à vida humana e acho que também à vida dos animais...
Pensei, então, numa escola que fosse uma casa, uma casa comum, dessas onde os alunos moram, parecida com o espaço de sua vida real. Essa idéia me veio quando uma amiga, professora universitária, me contou um incidente divertido e revelador:
Repentinamente, metade de sua casa ficou às escuras. Lembrou-se de que, quando algo semelhante acontecia na casa de sua infância, seu pai trocava os fusíveis. Concluiu: algum fusível deve ter se queimado.
Disse, então, ao filho de nove anos: "filho, veja se um fusível queimou".
Respondeu o menino: "não se usam mais fusíveis. Agora se usam disjuntores".
Mas ela não sabia o que eram disjuntores nem como estava estruturada a rede elétrica de sua casa, e assim continuou a conversa entre os dois, ela, professora universitária, que, para passar no vestibular, tivera de estudar física elétrica com suas voltagens, "attagens" impedâncias, ohms, tensões, fórmulas e outras coisas parecidas, totalmente ignorante diante de um simples problema prático em sua casa; e o menino, que nunca estudara física, mas que conhecia os segredos da casa onde morava.
Embora isso esteja esquecido, o caminho para a inteligência passa pelas mãos. Pensamos para ajudar as mãos. Das mãos nascem as perguntas. Da cabeça nascem as respostas. Se a mão não pergunta, a cabeça não pensa. Pois laboratório vem de "aborare" trabalhar com as mãos, que é essa cooperação entre mãos e inteligência. Física mecânica, física elétrica, física hidráulica, física ótica, física dos materiais, matemática, química, biologia, saúde, geografia, história, literatura, poesia, ecologia, política, sociologia, arte - todas moram na nossa casa, ferramentas e brinquedos, ao alcance das nossas mãos, desafios ao pensamento: conhecer para "aborare" na construção da casa de morada...
Li uma entrevista do Amyr Klink em que, indagado sobre a educação dos filhos, disse que gostaria que seus filhos aprendessem como aprendem as crianças numa ilha, se não me engano, na costa da Noruega: aprendem as coisas que devem ser aprendidas, para não ser nunca esquecidas, construindo uma casa viking. Assim, estamos de acordo...

Desenvolvimento da linguagem - Fique atento!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Dente, menstruação e até gordurinhas podem ser doados à ciência

Você conhece os bancos de dentes?

Lá, os dentes do seu filho que valeram uma moedinha da fada do dente ajudam pesquisadores em novos estudos. Confira como fazer para doar

Ana Paula Pontes

Shutterstock
O que você faz com os dentinhos que seu filho coloca embaixo do travesseiro para a fada dos dentes levar? Entre correntinhas ou guardar numa caixinha, você pode doá-los para os bancos de dente.

Vinculados a Universidades (ainda existem poucos no Brasil), eles têm como objetivo armazenar dentes, tanto os de leite quanto os permanentes, para que profissionais e estudantes de odontologia possam realizar pesquisas, entre elas investigar o melhor produto para limpar cavidades de dentes ou fazer uma restauração, por exemplo.

E não são só aqueles dentes branquinhos e impecáveis do seu filho que servem como doação. “Os bancos aceitam dentes quebrados, com cárie, escurecidos. Até aqueles que estão guardados há anos podem ser doados. Há estudos para todos os tipos de dentes, da maneira como estiverem”, afirma José Carlos Pettorossi Imparato, dentista e professor de odontologia das Universidades de São Paulo (USP) e São Leopoldo Mandic, em Campinas.

Você pode doar um ou mais dentes. “O ideal é que, assim que forem tirados, não demorem a serem doados. Basta lavar o dente em água corrente, secar e colocar num saquinho plástico ou gaze seca. Há alguns bancos que pedem para deixar o dente em água, mas, se ela não for trocada e houver demora na entrega, há risco do surgimento de bactérias”, diz.

No Banco, um cadastro do doador é realizado. Depois, os dentes são limpos, selecionados e separados por grupos (incisivos, caninos, molares, pré-molares, com cárie) para então serem colocados sob refrigeração em recipientes com água.

Confira abaixo alguns locais para onde a fada do dente pode levar os dentinhos do seu filho:

Universidade de São Paulo (SP) - Faculdade de Odontologia
Av. Professor Lineu Prestes, 2.227 - Cidade Universitária - São Paulo - SP - CEP 05508-000
É preciso enviar uma carta de doação. Mais informações: (11) 3091-7835 ou acesse http://www.fo.usp.br/


Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR) Av. Carlos Cavalcanti, 4.728 - Bloco M - Sala 11 - Campus de Uvaranas - Ponta Grossa - PR - CEP 84030-900
É preciso levar um termo de doação que está no site http://www.uepg.br/uepg_departamentos/deodon/dentes/index.htm. Mais informações: (42) 3220-3104 ou por e-mail: bancodedentes@uepg.br


Universidade Federal de Santa Maria (RS)
R. Floriano Peixoto, 1.184 - sl. 114 - Santa Maria - RS - CEP 97015-372 - A/C Banco de Dentes
Mais informações: (55) 3220-9268 ou acesse http://www.ufsm.br/


Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic (SP) Rua Dr. José Rocha Junqueira, 13 - Ponte Preta - Campinas - SP - CEP 13045-755 - A/C Banco de Dentes Humanos
É preciso enviar uma carta de doação, com nome, RG e quantidade de dentes enviados no envelope. Mais informações pelo site http://www.slmandic.com.br/


Universidade Camilo Castelo Branco (SP)
Rua Carolina Fonseca, 548 - Itaquera - São Paulo - SP - CEP 08230-030 - A/C Banco de Dentes
É preciso enviar uma carta de doação e os dentes em um pote com soro fisiológico. Mais informações: (11) 2070-0196 ou acesse http://www.unicastelo.br/

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI120491-15151,00.html

Dente, menstruação e até gordurinhas podem ser doados à ciência

GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

Dentes de leite, restos de placenta, sangue menstrual e até gordura da barriga podem ser entregues à ciência para ajudar na busca de tratamentos para problemas tão variados quanto autismo e doenças degenerativas.
Os "resíduos" podem ser encaminhados para centros de pesquisa, onde são usados principalmente em estudos com células-tronco.
Essa modalidade de doação, no entanto, é quase desconhecida no Brasil. Os cientistas precisam se desdobrar para que as pesquisas não parem por falta de material.
O esforço inclui não ter vergonha de pedir para participar do parto de desconhecidos. "Uma vez, fui trocar um presente e reparei que a vendedora estava grávida. Pensei logo na minha pesquisa e falei sobre a doação", conta Patrícia Beltrão Braga, pesquisadora da USP.
"A placenta e o cordão umbilical são normalmente descartados como lixo hospitalar depois do parto", diz a cientista. "Pedimos para usar isso que já vai ser jogado fora mesmo."
Além do trabalho com placentas, o Laboratório de Células-Tronco da Faculdade de Veterinária da USP, que ela comanda, também faz pesquisas com dentes de leite. As células-tronco da polpa do dente podem ser transformadas em neurônios: um modelo perfeito para estudar doenças como o autismo.
GORDURINHAS
Outra interessada em material descartado é a geneticista Natássia Vieira, pesquisadora de Harvard e da USP que vasculha o tecido adiposo em busca da cura para doenças degenerativas, como a distrofia muscular.
Em meio à gordurinha do abdome e do culote, escondem-se células-tronco com poderosa ação regeneradora.
"Quando explicamos a pesquisa, a maioria das pessoas doa. Infelizmente, ainda tem gente que parece ter apego à célula e que acha que vamos usar o material recolhido para fazer um clone", brinca a pesquisadora.
No Centro de Estudos do Genoma Humano, onde é feito esse trabalho, há muito mais células que interessam aos cientistas.
Em busca de células-tronco mesenquimais, a dupla Marcos Valadares e Mayra Vitor Pelatti tem o difícil trabalho de convencer mulheres a doar seu sangue menstrual.
Os pesquisadores garantem que o processo é simples. "É só usar um coletor menstrual, que é um copinho, por duas ou três horas e depois colocar o sangue em um pote com antibiótico que nós fornecemos. Não é tão diferente de usar um absorvente interno", diz Pelatti.
COMO DOAR
Em geral, os laboratórios têm os contatos e as informações básicas em seus sites (veja quadro ao lado). Muitas vezes, é enviado ao doador um kit com material. É preciso assinar um documento autorizando a doação.
Com cordão umbilical e placenta, os pesquisadores precisam ser informados da previsão do parto para ficar de plantão, uma vez que a coleta precisa ser feita até uma hora após o nascimento.
Os cientistas costumam ter parcerias com hospitais. Mas eles reafirmam a importância do doador individual.
"A pesquisa só acontece porque as pessoas doam, isso é um ato de amor e solidariedade", define Braga.

Arte/Folhapress

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Educação começa em casa

Esse tema é muito complexo, pois alguns pais acham que a escola e os professores tem a obrigação de educar seus filhos. Achei muito boa a iniciativa do Grupo Abril, em especial do site Educar para crescer em publicar essa cartilha em parceria com Mauricio de Sousa.

 

Turma da Mônica chega ao Educar para Crescer

 Cartilha está disponível para download gratuito no site 
Por Beatriz Montesanti
Clique na imagem para visualizar a cartilha completa
O Educar preparou uma novidade para toda a família: uma cartilha da Turma da Mônica!  A cartilha pretende incentivar a participação dos pais na Educação com dicas importantes a serem seguidas, passadas de uma forma muito divertida!
A ideia da cartilha surgiu na imersão anual realizada pela equipe do Educar em residências de alunos de escolas públicas, com objetivo de acompanhar o dia a dia das crianças, conhecer a família e seu modo de vida. Na experiência realizada em 2010, constatou-se que, muitas vezes, o único material de leitura encontrado nas casas são gibis da Turma da Mônica. Por que não, então, unir o gostinho pela turminha aos ideais educacionais? Os Estúdios Maurício de Sousa apostaram na iniciativa e daí surgiu esta parceria.
A cartilha deverá circular a partir do segundo semestre em revistas do grupo Abril, mas já está disponível para download gratuito em nosso site! Assim, com diversão e informação garantidas, não há motivo para não ler, né? Clique aqui para visualizá-la e aqui, se preferir fazer o download.

Aproveitem essa dica!
Bjs
Vanessa

sábado, 23 de junho de 2012

Festa Junina - Comidas típicas - Culinária Ilustrada

Em época de Festa Junina, que tal fazer esse delicioso Bolo de Milho?
É uma receita antiga que ilustrei e fiz com meus alunos do maternal.

Eixos: Linguagem Oral e Escrita / Matemática

CULINÁRIA ILUSTRADA
Material: Leite, óleo, fermento, açúcar, 3 ovos, flocos de milho, 1 lata de milho em conserva,  colorset amarelo, papel seda verde, crepom amarelo e lã marrom.

Estratégia: Em roda, falar de algumas comidas típicas juninas, como: canjica, pé-de-moleque, milho,  pipoca, amendoim torrado e batata-doce. Convidar os alunos a prepararem um delicioso “Bolo de milho”. Escrever a receita em cartolina branca e apresentá-la aos alunos.
No meu caso, eu ilustrei a receita e ficou muito interessante, pois despertou ainda mais o interesse das crianças.

BOLO DE MILHOIngredientes
             1 xícara (chá) leite
             1 xícara (chá) óleo (não muito cheia)
             3 ovos
             ½ xícara (chá) açúcar
             1 xícara de flocos de milho
             1 lata de milho (com água e tudo)
Preparo
             Bater bem no liquidificador e acrescentar uma colher bem cheia de fermento.
             Levar ao forno em forma untada.
Registro: Montar a espiga de milho com colorset amarelho e papel seda verde. Rasgar e amassar papel crepom amarelo para colar na espiga e finalizar com lã marrom.

Aproveitem a dica!

Beijos
Vanessa